A cruz
representa o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (1 Co
1.18-24), porém não podemos fazer dela um ídolo e reverenciá-lo como se tivesse,
em si mesma, qualquer poder, em contraposição, não devemos também
desprezar a riqueza de significado que ela possui; como disse um ilustre
pregador: “Sempre que você vir uma cruz, lembre-se de que nela Deus escreveu
com tinta de sangue: Eu amo você”.
É preciso também
diferenciar a cruz do crucifixo, pois são símbolos totalmente diferentes. No crucifixo,
Jesus está morto, impotente; na cruz vazia, celebra-se a ressurreição, a
vitória do Senhor sobre nosso último inimigo, a morte (1 Co 15.26). A cruz,
portanto, é um símbolo tão precioso e rico de significado quanto são os outros
símbolos da fé cristã, como a Santa Ceia, por exemplo, na qual o pão representa
o corpo, e o vinho, o sangue do Senhor.
O círculo
vermelho, do símbolo da Igreja de Deus, que é uma
chama, representa o poder pentecostal que foi derramado sobre
a Igreja (At.2:1-13), simboliza o poder do Espírito Santo, que
capacita e prepara o crente para o serviço.
O termo pentecostal
tem origem na palavra Pentecostes (pentekosté) e significa quinquagésimo. A Festa de
Pentecostes acontece sete semanas depois da Páscoa – mais exatamente, 50 dias –
e dura um dia. Inicialmente, na “Festa da Colheita”, como era conhecida, os
judeus ofereciam a melhor parte de suas colheitas a YHWH. Depois, passaram a
comemorar Pentecostes como a “renovação da Aliança” entre Deus e seu povo, após
a primeira Aliança no monte Sinai (Os 10 mandamentos).
A Festa das Colheitas
ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos. Esta festa
recebeu, a partir do domínio Grego, o nome de Pentecostes. A partir das
reformas de Esdras e Neemias (9,1 – 10,39), em meados do século V a.C., a Festa
de Pentecostes passou a celebrar o Dom da Lei no Sinai, a festa da Aliança
entre Deus e o povo, e no cristianismo, passou a representar a capacitação
do Espírito Santo sobre os apóstolos, que aconteceu na festa citada, onde
surgiram "línguas de fogo" sobre a cabeça dos mesmos, recebendo os
Dons Espirituais e começaram a falar em outras línguas, revelando as
manifestações do Espírito Santo, sinais que até hoje acontecem na Igreja de Deus.
Prof. Pr. Dr. Antônio Carlos Agda Novaes